A Santa Casa de Araçatuba realiza em média 320 mil procedimentos médico-hospitalares por ano. Neste cenário, a prevenção à infecção hospitalar é primordial por conta dos riscos próprios de um ambiente que concentra várias doenças o que favorece a circulação de patógenos nos ambientes.
A unidade de saúde mantém uma estrutura composta por médicos, profissionais de enfermagem e várias funções para atuação em todos os processos de prevenção da transmissão, investigação e controle de infecções. Esta rede é formada por três elos importantes: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e o Núcleo de Segurança do Paciente (NuSP).
O cuidado e as ações realizadas têm apresentado bons resultados. De acordo com o administrador hospitalar Luiz Otávio Barbosa Vianna, o monitoramento mensal realizado em todo complexo hospitalar, com ênfase nos 60 leitos para tratamento intensivo de neonatos, crianças e adultos, indicam que as taxas de infecção hospitalar na Santa Casa de Araçatuba estão dentro do padrão definido pelo Ministério da Saúde.
O SCIH é um setor relacionado com a Qualidade e Segurança Assistencial. Coordenado pelo médico infectologista Wagner Fernandes Lima, o serviço conta com profissionais de enfermagem e tem, entre outras, a responsabilidade de implantar ações de biossegurança, que correspondem à adoção de normas e procedimentos seguros e adequados para a manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e dos visitantes, a fim de evitar a transmissão de infecções.
A CCIH, composta de representantes dos vários segmentos do hospital atua para reduzir a incidência destas infecções e promover a segurança dos pacientes e a qualidade nos serviços, através da divulgação do programa e implantação das medidas de controle e combate em seus setores.
Ao NuSP cabe o treinamento da mais importante ação de biossegurança: a correta higienização das mãos dos profissionais que atuam na assistência aos pacientes. O procedimento é um dos 14 protocolos que a Santa Casa de Araçatuba executa visando a segurança do paciente, dentre os quais prevenção à infecção do sítio cirúrgico (parte do corpo onde ocorreu a cirurgia); precaução de isolamento, prevenção de infecção do trato urinário e da corrente sanguínea, pneumonia associada à ventilação mecânica e prevenção de lesão por pressão. O Setor é coordenado por duas enfermeiras.
A prática de lavar as mãos como uma atitude obrigatória para enfermeiros e médicos foi o ponto de partida para que a data fosse escolhida como o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares. No dia 15 de maio de 1847, na Hungria, o médico obstetra Ignaz Semmelweis defendeu e incorporou a prática. A partir dessa iniciativa simples e eficaz, foi observada uma considerável redução na taxa de mortalidade das pacientes.
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